Campus: | CAMPUS PITANGA |
Professor: | MARIA SANDREANA SALVADOR DA SILVA LIZZI |
Componente: | Psicologia da Educação: Abordagem Comportamental e Histórico-Cultural |
Ano: | 2023 |
Período: | PRIMEIRO_SEMESTRE |
Curso(s): | LICENCIATURA EM PEDAGOGIA |
Série/período/semestre: | 3 |
Total Hora Aula: | 80.0 |
Total Hora Relógio: | 66.67 |
Duração da aula (min): | 50 |
Status do plano de ensino: | Aprovado e publicado |
Data de criação: | 25/05/2023 |
Última atualização: | 25/07/2023 |
Contribuições das abordagens Comportamental e Histórico-Cultural para a compreensão do processo de desenvolvimento e de aprendizagem e para a prática pedagógica. |
Conhecer e compreender as contribuições da Abordagem Comportamentalista como ciência psicológica e suas implicações ao campo educacional. Conhecer e compreender as contribuições da Psicologia Histórico-Cultural para a concepção de homem, desenvolvimento e aprendizagem; Compreender o conceito como instrumento mediador e os processos de objetivação e apropriação do conhecimento; Identificar a relação entre aprendizagem conceitual, o processo de ensino e de aprendizagem e desenvolvimento humano na perspectiva histórico-cultural; |
Metodologia A metodologia usada será a exposião dialogada dos conteúdos, investigação sobre a temática e apresentação dos conceitos entendidos por parte dos alunos. Dessa forma, o aluno, como protagonista do próprio aprendizado, é instigado a resolver demandas reais e/ou escolhidas para que a resposta encontrada mostre o significado do conceito estudado e possa ser usada para sistematizar as relações matemáticas pretendidas. É uma metodologia que estimula o que acreditamos serem os movimentos necessários para um aprendizado consistente e validado. Dessa forma a condução da aula deve valorizar o conhecimento prévio do aluno, visto que, como citam as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (2013): “a instituição escolar deixa de ser o único centro de geração de informações. A ela se juntam outras instituições, movimentos e ações culturais, públicas e privadas, além da importância que vão adquirindo na sociedade os meios de comunicação como criadores e portadores de informação e de conteúdos desenvolvidos fora do âmbito escolar.” E é nosso papel, como professores, fazer com que os alunos reflitam sobre as informações e gerem conhecimento. A grande quantidade de informação vinda por meios tecnológicos ou por comunicação social faz com que a transformação em conhecimento exija reflexão, análise e aplicação. Dessa forma precisamos construir formas de aplicação do conteúdo que tragam significado aos conceitos trabalhados e que permitam uma compreensão melhor do mundo. A modernidade das novas tecnologias se aproxima da escola, fazendo com que os alunos cheguem com muitas informações. Fica clara a necessidade de reforçar o papel dos professores como promotores da sistematização dos conteúdos e do estabelecimento de valores. Agindo, dessa forma, em consonância com os objetivos da Unesco, que em seu relatório estabelece quatro pilares fundamentais, aprender a aprender, aprender a fazer, aprender a viver juntos e aprender a ser, fica clara a necessidade de levar os alunos a desenvolver habilidades sociais, técnicas, humanísticas e cognitivas. O que requer que o aluno, para além de adquirir determinadas informações e desenvolver habilidades para realizar certas tarefas, aprenda a aprender, para continuar aprendendo. Segundo as Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica (2013) essas novas exigências requerem um novo comportamento dos professores que devem deixar de ser transmissores de conhecimentos para serem mediadores, facilitadores da aquisição de conhecimentos; devem estimular a realização de pesquisas, a produção de conhecimentos e o trabalho em grupo. Essa transformação necessária pode ser traduzida pela adoção da pesquisa como princípio pedagógico. “Ela instiga o estudante no sentido da curiosidade em direção ao mundo que o cerca, gera inquietude, possibilitando que o estudante possa ser protagonista na busca de informações e de saberes, quer sejam do senso comum, escolares ou científicos. Essa atitude de inquietação diante da realidade potencializada pela pesquisa, quando despertada no Ensino Médio, contribui para que o sujeito possa, individual e coletivamente, formular questões de investigação e buscar respostas em um processo autônomo de (re)construção de conhecimentos.” |
Vamos trabalhar com diversos assuntos que têm ligação profunda com a concepção de educação dos nossos alunos, por isso o início do processo avaliativo será determinar tal concepção prévia. Para verificar a aprendizagem, usaremos a observação em aula e a chamada à participação, visando identificar os alunos que têm dúvidas e o caminho para a aprendizagem que eles desejam traçar. A avaliação assume as funções diagnóstica, formativa e somativa, conforme a Resolução CONSUP/IFPR nº 50 de 14 de julho de 2017 que estabelece as normas de avaliação do processo de ensino e aprendizagem dos cursos do IFPR. Os resultados obtidos no processo de avaliação serão emitidos e expressos por conceitos, sendo:
Para estabelecer o conceito de cada bimestre, serão levadas em conta a frequência do estudante nas aulas deste componente curricular, a participação e realização de atividades em sala, a entrega (pontual) das atividades propostas como tarefa, caso e quando houverem, a participação nos eventos propostos e, principalmente, seu desempenho nas avaliações escritas e/ou recuperação (realizada segundo uma avaliação escrita). Para estabelecer o conceito final do estudante, serão levadas em consideração a frequência do estudante no componente curricular, participação do estudante nas atividades e discussões realizadas nas aulas, a realização das atividades propostas, e os conceitos obtidos durante todos os momentos que o componente curricular requer. Ao final do ano, os estudantes que não obtiverem ao menos três conceitos “C” ou superiores, considerando todas as recuperações ofertadas durante o decorrer do ano, serão considerados inaptos a prosseguir, sendo, portanto, reprovados neste componente curricular. A avaliação precisa ser pautada no processo ensino aprendizagem, que tem origem antes da condução em sala de aula, começando com a seleção dos conteúdos, levando em consideração o conhecimento prévio dos educandos. Além disso, a preocupação do professor precisa estar em respeitar algumas individualidades dos alunos, pensando que há uma variação grande de objetivos a serem alcançados, dada a especificidade de cada área e seus respectivos cursos. Dessa forma, o processo avaliativo deve ser planejado com clareza, de modo a ter, na programação da sua aula, momentos em que perceba:
Essa dinâmica precisa ter como princípio norteador a ideia que: “estudantes e professores são, no processo pedagógico, sujeitos ativos e devem atuar de forma consciente, não apenas como parte do processo de conhecimento e aprendizagem, mas, sim, como seres humanos imersos numa cultura e que apresentam histórias particulares de vida. O estudante traz consigo componentes biológico, social, cultural, afetivo, linguístico, entre outros, e os conteúdos de ensino e as atividades propostas pelos professores devem enredar-se nessa complexa constituição do indivíduo. Acreditamos que a avaliação escolar precisa ser contínua e cumulativa, com predominância dos aspectos qualitativos, prevalecendo o desempenho do estudante ao longo do período analisado e não sobre uma eventual prova a ser realizada em uma data específica. Encontramos nessa maneira de enxergar a avaliação a compreensão de que ela deve ser um julgamento de valor sobre as formas que o aluno dispõe para manifestar o que aproveitou do processo ensino aprendizagem. Esse não é um processo fácil, é necessário considerar “o que” se está avaliando, “como”, “por que” e “para quê”, permitindo a participação ativa do discente, protagonista do seu processo educativo. É por isso que a avaliação deve ser: Diagnóstica: quando busca sondar o conhecimento prévio dos alunos e o quanto conseguiram evoluir no período analisado. Formativa: considerando a avaliação como um momento privilegiado de aprendizagem e levando os alunos a perceberem no que e como podem evoluir na aprendizagem. Essa avaliação destaca possibilidades de regulação e autorregulação das aprendizagens, envolvendo métodos que capacitam o aluno a situar-se em meio às suas dificuldades, reconhecer as suas potencialidades, traçar métodos para avançar, a fim de descobrir os procedimentos que lhe permitam progredir cognitivamente. Somativa: que considere como foco os objetivos pretendidos e elencados no plano de aula, verificando em que patamar está cada aluno e permitindo que haja um replanejamento do ensino para o próximo período a ser planejado. Cada proposta de avaliação deve levantar dados que precisam ser analisados em conjunto com as outras formas de avaliação para que o efeito do todo seja sinérgico às partes. São exaustivas as discussões entre estudiosos sobre o tema da avaliação que culminam na afirmação de que a avaliação não pode ser um instrumento seletivo e segregacionista, usado apenas para medir, para reprovar ou permitir a continuidade dos estudos. Sobre o tema prova, por exemplo, há uma infinidade de estudos que demonstram que a mesma se trata de um recorte temporal limitado das capacidades do estudante. A avaliação deve estar presente em todos os momentos educacionais, servindo de parâmetro para o antes (planejamento), permeando o foco do durante (execução da aula) e servido de espelho para o depois da ação pedagógica (reflexão e replanejamento). Nesse sentido Luckesi (2000) afirma: “Defino a avaliação da aprendizagem como um ato amoroso no sentido de que a avaliação, por si, é um ato acolhedor, integrativo, inclusivo. Para compreender isso, importa distinguir avaliação de julgamento. O julgamento é um ato que distingue o certo do errado, incluindo o primeiro e excluindo o segundo. A avaliação tem por base acolher uma situação, para, então (e só então), ajuizar a sua qualidade, tendo em vista dar-lhe suporte de mudança, se necessário. A avaliação, como ato diagnóstico, tem por objetivo a inclusão e não a exclusão; a inclusão e não a seleção – que obrigatoriamente conduz à exclusão.” Em todo o momento o processo avaliativo se dará pela tríade do método da avaliação diagnóstica, formativa e somativa. Dessa forma é preciso perceber os conhecimentos prévios dos alunos, sistematizá-los e explorá-los. Depois causar o desequilíbrio cognitivo necessário por meio dos desafios e situações de confronto cognitivo, verificando e graduando a aprendizagem dos estudantes por meio de questionamentos e apresentação de problemas. Finalizando com a verificação do que foi aprendido e replanejamento para os próximos momentos com os alunos. Depois da avaliação realizada e dos conceitos obtidos, faremos a verificação de quem precisa de mais explicações e/ou maior contato com os materiais para evoluir, esses alunos serão chamados a participar de momentos de recuperação paralela e poderão participar novamente do processo de avaliação. |
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- Textos-base e complementares; - Quadro branco e pincel; - Projetor, notebook e slides. |
Referências (base): BIBLIOGRAFIA BÁSICA: FONTANA, R. e CRUZ, N. Psicologia e trabalho pedagógico. São Paulo: Atual, 1997. SKNNER, B.F. Tecnologia do ensino. Tradução de Rodolpho Azzi. São Paulo: Herder/EDUSP,1972. LEONTIEV, Alexis. O homem e a cultura. In: ______. O desenvolvimento do psiquismo. 2ª edição. São Paulo: Centauro, 1978. LURIA, A. R. A palavra e o conceito. In: ______. Curso de Psicologia Geral. 2ª ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991. Vol. IV, p. 17-51. VYGOTSKY, L. S. O desenvolvimento dos conceitos científicos na infância. IN: _______. Pensamento e linguagem. São Paulo: Martins Fontes, 1993. VIGOTSKI, L.S. Formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 3 ed. São Paulo: Martins Fontes, 1898. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR: BOCK, A. M. B.; FURTADO, O.; TEIXEIRA, M. L. T. (orgs). Psicologias: uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo: Saraiva, 2007. MARTINS, J. B. (org). Na perspectiva de Vygotsky. São Paulo: Quebra Nozes/Londrina: CEFIL, 1999. VIGOTSKI, L.S. Psicologia pedagógica. Tradução do russo e introdução de Paulo Bezerra. 2 ed. São Paulo: Martins Fontes, 2004. VIGOTSKI, L. S.; LURIA, A. R.; LEONTIEV, A. N. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. 5 ed. São Paulo: Icone,1994. |